Resumo
Objetivo Identificar a prevalência de sintomas ansiosos e depressivos, e seus fatores associados, em pessoas idosas assistidas pela Estratégia Saúde da Família em áreas rurais de Campo Grande/MS, Brasil.
Método Trata-se de uma pesquisa transversal, com amostragem probabilística aleatória simples estratificada proporcional, na qual foram aplicados instrumentos de caracterização da amostra, de avaliação da multimorbidade e da funcionalidade, além do Inventário de Ansiedade Geriátrica (GAI) e da Escala de Depressão Geriátrica (GDS) para o rastreio de sintomas depressivos e ansiosos. A razão de prevalência (RP), e o respectivo intervalo de confiança de 95% (IC95%), foi estimada por meio da Regressão de Poisson com variância robusta.
Resultados Participaram do estudo 249 pessoas idosas e a prevalência de sintomas depressivos foi de 23,29% (IC95% 18,42-28,98) e de sintomas ansiosos foi de 22,09% (IC95% 17,33-27,20). A presença de sintomas depressivos esteve associada à idade, estado civil, prática de atividade física, autoavaliação do estado de saúde e uso de medicamentos. Quanto à presença de sintomas ansiosos, esteve associada ao sexo, estado civil, prática de atividade física, autoavaliação do estado de saúde e presença de multimorbidade.
Conclusão O adoecimento psíquico deriva-se de vulnerabilidades sociais e condições de saúde física em que as pessoas idosas estão imersas. A população idosa de áreas rurais necessita de visibilidade e cuidados em saúde mental pela Estratégia Saúde da Família, de modo que a elaboração de políticas públicas para essa população, com foco na promoção, prevenção e reabilitação da saúde, é uma ação necessária.
Palavras-Chave: Idoso; Saúde Mental; Estratégia de Saúde Nacionais; Atenção Primária à Saúde; Zona Rural