Resumo
Este estudo objetivou estimar a prevalência de sintomas depressivos e seus fatores associados em idosos atendidos em um centro de referência. Trata-se de um estudo transversal, com amostra de 360 idosos atendidos em um Centro de Referência a Saúde do Idoso no norte de Minas Gerais, Brasil. A coleta de dados ocorreu em 2017. Foram coletadas variáveis demográficas, socioeconômicas, morbidades, internação hospitalar no último ano, fragilidade (Edmonton Frail Scale), capacidade funcional (Índice de Katz, Escala de Lawton e Brody) e a Escala de Depressão Geriátrica (Geriatric Depression Scale - GDS-15). Foi realizada análise múltipla por meio da regressão logística. Observou-se prevalência de sintomas depressivos em 37,2% da amostra. As variáveis associadas aos sintomas depressivos foram: percepção negativa sobre a própria saúde (OR=1,9; IC 95% 1,34-2,70); fragilidade (OR=1,94; IC 95% 1,41-2,66); ter sofrido quedas (OR=1,24; IC 95% 1,01-1,61); ter sido internado no último ano (OR=1,56; IC 95% 1,11-2,27); apresentar incapacidade funcional para realizar AIVD (OR=2,56; IC 95% 1,38-4,77) e residir sozinho (OR=1,66; IC 95% 1,09-2,53). Assim, identificou-se alta prevalência de sintomas depressivos nos idosos, o que evidência a necessidade de uma abordagem efetiva e imediata pelos profissionais de saúde.
Palavras-chave:
Saúde do Idoso; Depressão; Envelhecimento