Resumo
Objetivos:
Verificar a prevalência do medo de cair em uma população de idosos da comunidade e analisar a sua correlação com idade, autopercepção de saúde, dificuldade para andar, uso de dispositivo auxiliar, histórico de quedas e capacidade funcional.
Método:
Estudo transversal com 314 idosos, não institucionalizados, residentes na cidade de Juiz de Fora, MG, em 2015. Foi realizado inquérito domiciliar e o medo de cair foi avaliado usando Falls Efficacy Scale Internacional - Brasil (FES-I-BRASIL). Para verificar a correlação das variáveis independentes com o medo de cair, foi utilizada correlação de Spearman. Nível de significância do estudo foi de 5%.
Resultados:
A prevalência do medo de cair entre os idosos foi de 95,2% (IC95%=92,3; 97,3). O medo de cair correlacionou-se significativamente com todas as variáveis analisadas: idade (r=0,199), autopercepção de saúde (r=0,299), dificuldade para andar (r=-0,480), uso de dispositivo auxiliar da marcha (r=0,337), histórico de quedas (r=-0,177) e capacidade funcional (r=-0,476).
Conclusões:
Foi verificada alta prevalência do medo de cair e correlação significativa entre o desfecho e as variáveis estudadas. Esses achados apontam para a necessidade de estratégias de reabilitação, prevenção e promoção à saúde que possibilitem o envelhecimento saudável.
Palavras-chave:
Saúde do idoso; Envelhecimento; Medo; Acidentes por Queda; Estudos Transversais