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TEORIA DOMINANTE: TEORIA DOS ACIONISTAS |
TEORIA ALTERNATIVA: TEORIA DAS PARTES INTERESSADAS |
FUNDAMENTO TEÓRICO DA NOVA NARRATIVA DA TEORIA DAS PARTES INTERESSADAS (San-Jose et al., 2017; Freeman & Ginena 2015) |
OBJETIVO DA EMPRESA |
MAXIMIZAÇÃO DO LUCRO |
MAXIMIZAÇÃO DO VALOR (BENEFÍCIO) |
O PRINCÍPIO DA FINALIDADE |
O principal objetivo da empresa é maximizar o lucro no curto prazo para os acionistas. |
O valor não é apenas o resultado financeiro, mas também a riqueza total gerada pela empresa em todas as operações que realiza. |
As organizações são movidas por um propósito mais amplo do que meramente o lucro (Freeman, 1999). |
DIREITOS DE PROPRIEDADE |
ILIMITADO |
COMPARTILHADO |
O PRINCÍPIO DA COMPLEXIDADE HUMANA |
O capital é o principal recurso da empresa. Os direitos de propriedade sobre o capital são convertidos em direitos de propriedade sobre a empresa. Os acionistas são os donos da empresa. |
Os recursos utilizados pela empresa vão além do capital financeiro. Os capitais social, intelectual, natural, cultural e de reputação também contribuem para o processo de geração de valor. |
O reducionismo do homo economicus não corresponde à realidade; aspectos como desenvolvimento de carreira, interação social ou mesmo um senso de transcendência podem ter um valor muito maior do que uma mera transação financeira (Freeman, Stewart & Moriarty, 2009). |
VÍNCULOS CONTRATUAIS |
INCONDICIONAL |
SIMÉTRICO |
O PRINCÍPIO DA GERAÇÃO DE VALOR |
Os relacionamentos empresariais são formalizados por meio de contratos, e os únicos limites são os regulamentos legais. A empresa é definida como uma rede contratual. Lógica da lei. |
Os contratos devem ser regidos pela lei e incorporar condições justas para todas as partes com relação à informação, poder e condições gerais. Lógica da troca. |
A geração de valor para as partes interessadas é o fundamento de qualquer atividade comercial (Freeman & Liedtka 1991; Freeman, Kirsten & Parmar, 2007): as empresas criam valor, ou o destroem, para uma ampla gama de partes interessadas: funcionários, fornecedores, clientes, governo, sociedade e assim por diante, e não apenas para um deles, ou seja, os acionistas. |
GERAÇÃO DE VALOR |
TEORIA DO CUSTO DE TRANSAÇÃO |
TEORIA DO VALOR SOCIAL |
O PRINCÍPIO DA INTERCONEXÃO |
A geração de valor é obtida pela redução de custos. P&D e inovação tecnológica são direcionadas à eficiência da produção. |
A geração de valor é obtida através de um valor maior que os produtos ou serviços da empresa criam para todas as partes interessadas. |
Uma empresa cria valor por meio de interações e benefícios mútuos entre as pessoas (Freeman, 2008). Nesse sentido, a geração de valor compartilhado e o equilíbrio em sua distribuição entre acionistas tornam-se elementos-chave para os gestores (San-Jose et al., 2017). |
CONFIANÇA |
TEORIA DA AGÊNCIA |
TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO |
PRINCÍPIO DA RECIPROCIDADE |
O indivíduo é um tomador de decisão racional que tentará maximizar seu próprio interesse em detrimento de outros, mesmo no caso do dever fiduciário em nome de um diretor. |
O comportamento egocêntrico e oportunista dos gestores não deve ser aceito como regra. Os gestores devem buscar o valor compartilhado para todas as partes interessadas. |
As negociações entre clientes, fornecedores, funcionários, comunidades e financiadores criam operações de negócio, e seu desenvolvimento não apenas requer o envolvimento dessas partes interessadas, mas também tem um impacto positivo ou negativo sobre elas durante todo o processo de geração de valor (Freeman, Harrison, Wicks, Parmar & DeColle, 2010). |
GOVERNANÇA |
CENTRALIDADE DOS ACIONISTAS |
GOVERNANÇA COM VÁRIAS PARTES INTERESSADAS |
PRINCÍPIO DA COOPERAÇÃO |
Os direitos das partes interessadas são garantidos contratualmente. Os acionistas são os únicos que assumem os riscos da atividade econômica da empresa. Como resultado, eles são os responsáveis pela governança da empresa. |
Se o capital financeiro não é o único recurso que gera valor e o risco da atividade econômica é compartilhado por todas as partes interessadas, a governança da empresa não deve ser associada apenas aos direitos dos acionistas. É necessária uma governança com a participação de várias partes interessadas. |
Os diferentes grupos de partes interessadas de uma empresa (funcionários, fornecedores, financiadores, clientes...) fornecem recursos e capacidades para a geração conjunta de valor. Assim, a cooperação, e não o conflito, facilita o processo de geração de valor (Dunham, Freeman & Liedtka, 2006). |