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Pesquisa de Óxido Nítrico no Fluido Peritoneal e no Soro de Pacientes com Endometriose

Resumos de Teses

Pesquisa de Óxido Nítrico no Fluido Peritoneal e no Soro de Pacientes com Endometriose

Autora: Rogéria Teixeira Coelho

Orientadora: Profa. Dra. Maria do Carmo Borges de Souza

Dissertação de Mestrado apresentada ao Instituto de Ginecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, em 11 de dezembro de 2000.

O Óxido Nítrico (NO) é um gás liberado a partir da reação de oxigenação do aminoácido L-arginina pelas Óxido Nítrico Sintases (NOS), em pequenas quantidades em condições fisiológicas e, em maiores quantidades, em condições patológicas, como no processo inflamatório e choque séptico. O NO foi inicialmente chamado de EDRF (Fator de Relaxamento Derivado do Endotélio), está presente nos processos de vasodilatação endotelial intensa, como ocorre no peritôneo de pacientes com endometriose. Com intuito de investigar a participação do NO no processo inflamatório e na vasodilatação que estão presentes na endometriose, foi pesquisada a presença desta substância no fluido peritoneal e no soro de pacientes submetidas à videolaparoscopia. Este trabalho de pesquisa foi realizado com 65 pacientes submetidas à videolaparoscopia no período de março de 1999 a agosto de 2000; durante o exame foi realizada a colheita do fluido peritoneal (fundo-de-saco de Douglas) e do soro das mesmas, para dosagem de NO através da técnica de conversão de nitrato à nitrito e quantificada por espectrofotometria, no Laboratório de Farmacologia da Inflamação e do Óxido Nítrico da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A análise estatística aplicada através dos testes de Mann-Whitney e Qui-quadrado e a determinação de significância foi de 5% (p valor menor ou igual a 0,005), demonstrou diferença siginificativa nas dosagens de NO tanto no soro quanto no fluido peritoneal das pacientes com endometriose, respectivamente, 50.30 nM no soro e 51.77 nM no fluido, em média significativamente maior do que nas pacientes sem endometriose. Os dados sugerem que as alterações inflamatórias e a vasodilatação intensa presentes principalmente nos estágios iniciais da endometriose, podem estar relacionados com a liberação de radicais livres e mediadores químicos específicos. A conclusão do trabalho foi que a dosagem do NO no soro e no fluido peritoneal das pacientes com ou sem endometriose foi significativamente maior naquelas com endometriose.

Palavras-chave: Óxido nítrico, efeitos adversos. Peritôneo, efeito de drogas. Endometriose, etiologia. Doença crônica.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    18 Jun 2002
  • Data do Fascículo
    Mar 2002
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