OBJETIVO:
Avaliar a fadiga e a qualidade de vida de sobreviventes de câncer de mama, livres da doença, em relação a uma amostra de mulheres da mesma idade, sem histórico de câncer, e explorar a relação entre fadiga e qualidade de vida.
MÉTODOS:
Estudo transversal realizado com uma amostra consecutiva de 202 pacientes brasileiras, sobreviventes de câncer de mama e livres da doença, que haviam completado o tratamento em 2 grandes hospitais. As pacientes foram comparadas com mulheres da mesma idade, sem história de câncer, acompanhadas em uma Unidade Básica de Saúde. A Escala de Fadiga de Piper-Revisada e o World Health Organization Quality of Life Instrument (WHOQOL-BREF) foram usados para avaliar a fadiga e a qualidade de vida, respectivamente. Dados sociodemográficos e clínicos também foram obtidos. O teste do χ2, modelo linear generalizado e coeficiente de correlação de Spearman foram utilizados para fins estatísticos. Foi adotado o nível de significância de 5%.
RESULTADOS:
As sobreviventes de câncer de mama apresentaram significativamente maiores escores de fadiga total e das subescalas do que o grupo controle (todos os valores de p<0,05). Além disso, as sobreviventes relataram pior qualidade de vida nos domínios físico (p=0,002), psicológico (p=0,03) e relações sociais (p=0,03) do que o grupo controle. Nenhuma diferença foi encontrada para o domínio ambiental (p=0,08) entre os 2 grupos. Para as sobreviventes de câncer de mama e para o grupo controle, os escores de fadiga total e das subescalas estavam relacionados à baixa qualidade de vida (todos os valores de p<0,01).
CONCLUSÃO:
Os resultados deste estudo destacam a importância de avaliar a fadiga e a qualidade de vida em pacientes sobreviventes de câncer de mama.
Neoplasias da mama; Sobreviventes; Fadiga; Qualidade de vida