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Análise comparativa dos aspectos clínicos, laparoscópicos e histopatológicos da endometriose pélvica

Resumo de Tese

Análise comparativa dos aspectos clínicos, laparoscópicos e histopatológicos da endometriose pélvica.

Autor: André Luís Fontana

Orientador: Prof. Dr. Rogério Dias

Tese apresentada ao Curso de Pós Graduação em Ginecologia e Obstetrícia ¾ Departamento de Ginecologia e Obstetrícia ¾ Faculdade de Medicina de Botucatu ¾ UNESP em 11 de fevereiro de 2000.

Objetivos: Comparar os aspectos clínicos, achados laparoscópicos e histopatológicos em pacientes com endometriose pélvica atendidas no Setor de Endoscopia Ginecológica e Planejamento Familiar da Faculdade de Medicina de Botucatu-UNESP, no período entre os anos de 1994 à 1998.

Métodos: Cento e dez (110) pacientes submetidas à videolaparoscopia por algia pélvica, dispareunia e dismenorréia (n=63), infertilidade (n=39) e massa anexial (n=8) foram selecionadas retrospectivamente, por apresentarem alterações peritoneais e ovarianas sugestivas de endometriose pélvica. Os dados clínicos que pudessem levar à suspeita clínica de endometriose foram minuciosamente obtidos dos prontuários médicos dos arquivos da Faculdade. Um total de 244 biópsias obtidas das diferentes lesões peritoneais encontradas, foram revistas criteriosamente pelo Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina de Botucatu. Os resultados positivos foram analisados estatisticamente através dos métodos P (probalidade) e c2 de Mc Nemar e, procurou-se dar ênfase à incidência, ao quadro clínico, à macroscopia, ao grau das lesões e à anatomia patológica.

Resultados: A maioria das pacientes apresentava sinais e sintomas clínicos sugestivos da doença sendo a algia pélvica o sintoma mais freqüente. A faixa etária onde houve a maior probabilidade de ocorrer lesões típicas foi de 25 a 35 anos; e atípicas acima de 35 anos. A incidência das lesões foi maior na raça branca (80,9%). Observou-se também tendência à associação entre endometriose, dismenorréia e spotting pré-menstrual; associação significativa entre endometriose e dispareunia; e uma associação forte entre endometriose e massa anexial. Os tipos de lesões mais freqüentes, (80,9% dos casos), foram as lesões atípicas e os locais de implantação mais freqüentes foram os ligamentos útero-sacros e os ovários. O grau de endometriose mais freqüente foi o grau I (52,7% dos casos). A biópsia foi confirmada em 80% dos casos suspeitados pela videolaparoscopia.

Conclusão: A endometriose continua sendo uma doença enigmática que afeta pacientes na idade reprodutiva, em sua grande maioria, e que apresenta associação ou tendência à associação com grande parte dos sintomas clínicos, com a macroscopia das lesões, mas no entanto, depende intrinsecamente do resultado da biópsia. Assim sendo, a laparoscopia é um bom método para o diagnóstico de endometriose pélvica e na presença de sinais e sintomas clínicos que levem à suspeita da doença, a confirmação histológica ocorreu em 80% dos casos.

Palavras-chave: Endometriose. Laparoscopia. Algia pélvica. Massa anexial.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    13 Out 2003
  • Data do Fascículo
    2000
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