Acessibilidade / Reportar erro

Cirurgia de Alta Freqüência em Lesões Intra-epiteliais de Alto Grau do Colo Uterino

Resumo de Tese

Cirurgia de Alta Freqüência em Lesões Intra-epiteliais de Alto Grau do Colo Uterino

Autora: Cleuza Maria Staudt Pascotini

Orientador: Prof. Dr. Paulo Traiman

Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Medicina de Botucatu ¾ UNESP ¾ ao Programa de Pós-Graduação em Ginecologia e Obstetrícia, área de concentração em Ginecologia, em 18 de dezembro de 2000.

Objetivo: analisar o perfil epidemiológico e o resultado do tratamento da lesão intra-epitelial através da cirurgia de alta freqüência.

Material: estudamos 117 pacientes num período de 01/95 a 07/2000, avaliamos: idade, grau de instrução, tabagismo, número de gestações, coitarca, número de parceiros sexuais. Estudamos a freqüência de complicações, margem cirúrgica, extensão intraglandular e suas associações com persistência, recidiva e índice de cura.

Resultados: a média de idade das pacientes foi de 36 anos. Epitélio aceto branco (89%) foi o achado colposcópico mais freqüente. A junção escamo-colunar não foi visualizada após a realização da cirurgia de alta freqüência em 5,55%. Somente em 39 pacientes (33,34%) houve concordância dos resultados citológico e histológicos da biópsia e do cone. Obtivemos 3,40% de sangramento, 1,70% de lesão de estruturas, 0,90% tiveram dor importante, 2,60% de artefato de técnica, 0,90% de estenose de canal, 0,90% de sangramento e infecção pós cone. Os resultados subestimados, concordantes e superestimados da citologia em relação à biópsia foram, respectivamente, de 35,72%, 42,76% e 20,51%; e da biópsia em relação ao cone foram respectivamente, 12,9%, 70,55% e 16,1%. O encontro de invasão inesperado foi de 3,41%. O achado de margens comprometidas foi de 32% e a de extensão intraglandular de 32%. O índice de recidiva foi de 10,25%, persistência da doença 16%, não relacionadas ao comprometimento de margens e extensão intraglandular. Na histerectomia, onde o cone apresentava margens comprometidas e extensão intraglandular, houve 48,39% de doença residual. O índice de cura foi de 87,18%.

Conclusões: A cirurgia de alta freqüência é um bom método terapêutico com alto índice de cura, onde a persistência e a recidiva da lesão não estão associadas a fatores prognósticos.

Palavras-chave: Cirurgia de alta freqüência (CAF). Colo do útero: lesões pré-neoplásicas. Conização. Colo: câncer.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    01 Jul 2003
  • Data do Fascículo
    Dez 2001
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia Av. Brigadeiro Luís Antônio, 3421, sala 903 - Jardim Paulista, 01401-001 São Paulo SP - Brasil, Tel. (55 11) 5573-4919 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: editorial.office@febrasgo.org.br