Resumo de Tese
Estudo Morfológico e Morfométrico do Endométrio de Mulheres na Pós-Menopausa Durante Terapêutica Estrogênica Contínua, Associada ao Acetato de Medroxiprogesterona a Cada Dois, Três e Quatro Meses
Tese de Doutorado, apresentada à Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina - em 17/07/97
Autor: Cláudia de Carvalho Ramos Bortoletto
Orientador: Prof. Dr. Edmund Chada Baracat
Estudaram-se 36 mulheres na pós-menopausa, divididas aleatoriamente em três grupos, consoante a reposição hormonal utilizada. Todas fizeram uso de estrogênios conjugados na dose de 0,625 mg ao dia, por via oral, de forma contínua. As do grupo I receberam a associação de acetato de medroxiprogesterona na dose de 10 mg ao dia, por 13 dias consecutivos, por via oral, a cada dois meses. As do grupo II e III usaram o progestogênio na dose e tempo mencionados a cada três e quatro meses, respectivamente.
Efetou-se o estudo morfológico do endométrio previamente à reposição hormonal, antes e após a fase progestogênica durante um ano de estudo. Para tanto, foram realizadas biópsias de endométrio com a cureta de Novak modificada.
Antes de iniciar a hormonioterapia todas as pacientes apresentavam endométrio atrófico. Após a fase exclusivamente estrínica, a mucosa tornou-se proliferativa na maioria das vezes. Em algumas pacientes encontrou-se hiperplasia simples e sem atipia. Não houve nenhum caso de hiperplasia complexa ou com atipia.
Não houve diferenças significantes entre as cifras de hiperplasias obtidas nos três grupos no transcorrer de um ano.
Após o uso do progestagênio, o endométrio apresentou alterações secretórias em porcentagem relevante das pacientes. Por vezes, menos freqüentemente, encontrou-se endométrio atrófico ou misto. Em uma paciente, o endométrio previamente hiperplásico, regrediu para proliferativo após a adição de acetato de medroxiprogesterona (grupo I).
O estudo morfométrico (porcentagem de glândulas em relação ao estroma e índice miótico) foi realizado nas biópsias obtidas no último ciclo de tratamento ao término de um ano.
Terapêutica combinada estroprogestativa, quando comparados com os da fase exclusivamente estrínica. Esta diminuição ocorreu nos três grupos. Não foi observada diferença significante entre os três grupos no que concerne aos valores em questão das fases pré e após o uso de progestagênio.
Desta forma, pode-se concluir que, durante um ano, a terapêutica com estrogênios contínuos associados ao progestogênio a cada dois, três ou quatro meses foi segura no que tange às alterações proliferativas endometriais, podendo, pois, constituir uma alternativa, em especial para as pacientes que tem reação ao uso de progestogênio mensalmente.
Palavras-chave: Menopausa, Endométrio. Estrageno, Progesterona. Terapia de reposição hormonal.
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
09 Abr 2007 -
Data do Fascículo
Ago 1998