Resumo de Tese
Efeitos da Terapia com Raloxifeno na Pós-menopausa sobre a Espessura Endometrial, Volume Uterino e Perfusão nas Artérias Uterinas
Autor: George Dantas de Azevedo
Orientador: Prof. Dr. Marcos Felipe Silva de Sá
Dissertação de Mestrado apresentada ao Departamento de Ginecologia e Obstetrícia na Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, em 18 de dezembro de 2000.
Objetivos: determinar os efeitos da terapia com raloxifeno sobre o útero de mulheres na pós-menopausa, por meio da ultra-sonografia transvaginal com metodologia Doppler.
Pacientes e Métodos: foram estudadas, de forma prospectiva, vinte e cinco mulheres na pós-menopausa, sem patologias associadas, atendidas no Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. As pacientes foram tratadas com cloridrato de raloxifeno na dosagem de 60 mg ao dia, durante o período de 6 meses. Todas foram submetidas a exame ultra-sonográfico transvaginal com Doppler (equipamento ATL-HDI 3000), antes do início do tratamento e após 30, 90 e 180 dias. Utilizando a metodologia Doppler, foram determinados os índices de resistência (IR) e pulsatilidade (IP) das artérias uterinas direita e esquerda, sendo considerados como indicadores da perfusão uterina. As variáveis analisadas foram: espessura endometrial, volume uterino e os índices de resistência e pulsatilidade das artérias uterinas. A análise estatística foi realizada utilizando a análise de variância para medidas repetidas.
Resultados: no período pré-tratamento, a espessura endometrial foi de 3,38 ± 0,73 mm, sendo observados valores semelhantes após 30, 90 e 180 dias de uso do raloxifeno (3,04 ± 0,82; 3,3 ± 0,83; 3,37 ± 0,79; respectivamente) (p>0,05). Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas entre os valores obtidos para o volume uterino, nos períodos pré e pós-tratamento. Os parâmetros de perfusão nas artérias uterinas, avaliados com o método Doppler (IR e IP), também não apresentaram variações significativas (p>0,05), sendo mantido um padrão de fluxo de alta impedância durante todo o período de tratamento com raloxifeno.
Conclusões: no grupo estudado, a terapia com raloxifeno na dosagem de 60 mg ao dia, durante um período de 6 meses, não promoveu aumento da espessura endometrial de mulheres na pós-menopausa. O volume uterino e a perfusão nas artérias uterinas também não apresentaram alterações significativas durante o período de tratamento. Os resultados sugerem que, a curto prazo, a terapia com raloxifeno não afeta o útero de mulheres na pós-menopausa.
Palavras-chave: Menopausa. Climatério. Modulador seletivo do receptor estrogênico.
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
27 Jun 2003 -
Data do Fascículo
Maio 2001