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As sociedades científicas, sua proliferação e a ética

Editorial

As Sociedades Científicas, sua Proliferação e a Ética

As Sociedades Científicas Médicas foram criadas, principalmente, com a finalidade de divulgar conhecimentos e propiciar a troca de experiências entre os seus associados, unindo-os em torno de um ideal comum: o aprimoramento da qualidade do atendimento que prestam aos que necessitam de seus cuidados.

A proliferação de sociedades científicas com o mesmo propósito, enfraquece, pelo desmembramento, a sua função, o seu poder de negociação e as suas atividades científicas. E por que isso ocorre? Em primeiro lugar, porque menos pessoas freqüentarão e participarão de suas atividades. Em segundo, existiria maior ônus aos médicos que a elas se associam, sem que isto represente um real acréscimo na qualidade da informação que buscam. Outro aspecto a ser considerado é a dispersão de recursos a serem investidos. E, finalmente, havendo a pulverização de Entidades, qual delas será chamada para opinar, junto aos órgãos promotores da saúde, sobre os aspectos científicos envolvidos?

Não podemos esquecer ainda a ética que permeia as relações entre as sociedades científicas oficialmente reconhecidas pela AMB e pelo CFM e as demais, criadas nem sempre por uma necessidade efetiva. Como, em seu bojo, as motivações e funções são superponíveis, as Sociedades Científicas Reconhecidas devem não apenas se preservar, mas também aos seus associados, dos interesses nem sempre claros ou que não representem um efetivo crescimento para a comunidade médica como um todo.

A Diretoria

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    07 Ago 2006
  • Data do Fascículo
    Ago 1999
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