Acessibilidade / Reportar erro

Estudo do Índice do Líquido Amniótico em Gestantes com Hipertensão Arterial e sua Relação com a Vitalidade Fetal e Resultados Perinatais

Resumo de Tese

Estudo do Índice do Líquido Amniótico em Gestantes com Hipertensão Arterial e sua Relação com a Vitalidade Fetal e Resultados Perinatais

Autor: Alexandre Provinciatto

Orientadores: Prof. Dr. Antonio Fernandes Moron e Prof. Dr. Luiz Kulay Junior

Tese apresentada à Universidade Federal de São Paulo ¾ Escola Paulista de Medicina, para obtenção do título de Doutor em Medicina, em 25 de setembro de 2000.

No decorrer da gravidez, o volume do líquido amniótico (VLA) varia amplamente: com o estado normal ou patológico, com a idade da gestação e de paciente para paciente em um mesmo período. Em decorrência destes aspectos, impõem-se estudos para a avaliação do VLA, quer em gestações consideradas normais ou patológicas. Consideradas as gestações de alto risco, o índice do líquido amniótico (ILA), quando avaliado como um adjunto à investigação fetal anteparto, tem mostrado relacionar-se bem com a vitalidade fetal e resultados perinatais. A ultra-sonografia seriada, principalmente no que se refere à avaliação do VLA, é considerada imprescindível na avaliação da vitalidade fetal em gestantes com risco para oligoidrâmnio, particularmente com hipertensão arterial, contribuindo para a profilaxia da morbimortalidade perinatal. O objetivo deste trabalho foi estudar o ILA através da técnica ultra-sonográfica dos quatro quadrantes em gestantes com hipertensão arterial e sua relação com a vitalidade fetal e resultados perinatais. Realizamos estudo prospectivo em cento e cinqüenta e uma pacientes. Os critérios de exclusão foram: (1) doenças maternas outras responsabilizadas por alterações no líquido amniótico e pressão arterial; (2) exposição a drogas; (3) infecções pré-natais; (4) anomalias estruturais detectadas no feto ou no recém-nascido; (5) rotura prematura das membranas; (6) gemelidade; (7) perda de seguimento, ou seja, parto em outro serviço. As gestantes foram divididas em três grupos, de acordo com o resultado do ILA: grupo 1, abaixo do percentil 2,5 (oligoidrâmnio); grupo 2, entre os percentis 2,5 e 5 (ILA diminuído); grupo 3, entre os percentis 5 e 95 (normal). Foram aplicados os testes do qui-quadrado (c2) para tabelas de contingência, com a finalidade de comparar os três grupos em relação às freqüências com que ocorreram as diversas características estudadas. Houve associação entre oligoidrâmnio e as alterações nos exames de avaliação da vitalidade fetal: cardiotocografia anteparto ou intraparto e dopplervelocimetria da artéria umbilical. Encontrou-se relação entre oligoidrâmnio e os seguintes resultados perinatais adversos: pré-termo; peso ao nascimento inferior a 2.500 g; recém-nascidos pequenos para a idade gestacional; índice de Apgar menor que sete no primeiro minuto; morbidade perinatal; tempo de permanência no berçário maior ou igual a sete dias; líquido amniótico meconial; parto cesáreo; parto cesárea por sofrimento fetal e sofrimento fetal anteparto ou intraparto. Os resultados demonstram que os fetos de gestantes hipertensas com associação de oligoidrâmnio são potencialmente suscetíveis à hipóxia, principalmente durante o período intraparto e tendem a apresentar sinais de asfixia após o nascimento.

Palavras-chave: Índice do líquido amniótico. Hipertensão arterial. Vitalidade Fetal. Resultados perinatais.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    27 Jun 2003
  • Data do Fascículo
    Maio 2001
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia Av. Brigadeiro Luís Antônio, 3421, sala 903 - Jardim Paulista, 01401-001 São Paulo SP - Brasil, Tel. (55 11) 5573-4919 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: editorial.office@febrasgo.org.br