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Diagnóstico diferencial de massas anexiais císticas: avaliação de métodos pré e pós-intervenção

Resumos de Teses

Diagnóstico Diferencial de Massas Anexiais Císticas: Avaliação de Métodos Pré e Pós-Intervenção

Tese de Mestrado, apresentada junto Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo, em 06/10/97.

Autor: Francisco José Candido dos Reis

Orientador: Prof. Dr. Jurandyr Moreira da Andrade

O diagnóstico diferencial das massas anexiais representa um importante desafio para o ginecologista, fundamental para a indicação adequada da conduta terapêutica. Os métodos de diagnóstico têm evoluído no sentido de propiciar condutas conservadoras nas patologias benignas e fornecer segurança para a detecção e tratamento das neoplasias malignas.

Oitenta pacientes submetidas a tratamento cirúrgico devido a massa anexial com componente cístico foram estudadas por métodos pré-intervenção (epidemiologia, avaliação clínica, ultra-sonografia morfológica e mapeamento vascular a cores, e dosagem plasmática de CA-125) e pós-intervenção (citologia, CA-125, estradiol e progesterona no fluido dos cistos), sendo tais métodos correlacionados com a histologia.

A análise de fatores epidemiológicos não contribui para o diagnóstico diferencial. A avaliação clínica identificou a presença de massa anexial em 100% dos casos de neoplasia maligna e em 82,2% dos casos de patologia benigna. A ultra-sonografia morfológica apresentou sensibilidade de 85,71% e especificidade de 91,78% no diagnóstico diferencial entre massas benignas e malignas. O uso do mapeamento vascular não melhorou os resultados do ultra-som morfológico. A dosagem plasmática de CA-125 apresentou especificidade de 88% na pré-menopausa e 95,7% na pós-menopausa. Os métodos pós intervenção baseados no estudo do fluido dos cistos (citologia, e dosagens de CA-125, estradiol e progesterona) não diferenciaram adequadamente as patologias malignas e benignas.

Os métodos pré-intervenção permitiram identificar as pacientes portadoras de massas anexiais com indicação de intervenção terapêutica. Contudo, os métodos estudados, pré-intervenção ou pós-intervenção, não foram capazes de diferenciar totalmente as patologias malignas, dentre as massas anexiais. Portanto, permanece obrigatório o estudo histológico para o estabelecimento do diagnóstico definitivo, nos casos com indicação de terapêutica interventiva.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    16 Abr 2007
  • Data do Fascículo
    Mar 1998
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