Acessibilidade / Reportar erro

Uso do Verapamil em Gestantes Hipertensas Crônicas: Repercussão no Fluxo das Artérias Uterinas e Umbilical

Resumo de Tese

Uso do Verapamil em Gestantes Hipertensas Crônicas. Repercussão no Fluxo das Artérias Uterinas e Umbilical

Autor: Marcus Jose do Amaral Vasconcellos

Orientadores: Prof. Dr. Hermógenes Chaves Netto, Prof. Dr. Soubhi Kahhale

Tese de Doutoramento apresentada à Maternidade - Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro em 26/1/00. Programa de Pós-Graduação em Clínica Obstétrica.

A utilização de um anti-hipertensivo em gestante portadora de hipertensão crônica classificada como não-grave, vem sendo questionada ao longo dos anos. A premissa que a diminuição da pressão arterial materna poderia ser acompanhada de queda do fluxo placentário, vem justificando a conduta não-medicamentosa nestas pacientes. Este trabalho, utilizando o verapamil, um bloqueador dos canais lentos de cálcio, constituiu ensaio clínico randomizado, duplo-cego e placebo controlado, no qual o objetivo foi observar se existia uma variação do fluxo uteroplacentário e fetoplacentário durante o uso oral crônico do fármaco. Foram acompanhadas 123 pacientes em dois grupos: grupo estudo (n = 61) submetidas a 240 mg/dia do verapamil; e grupo controle (n = 62) submetidas ao placebo. As pacientes foram randomizadas em grupos de quatro, e utilizaram a medicação ou placebo durante trinta dias. Um exame do fluxo das artérias uterinas e da artéria umbilical pela dopplervelocimetria foi registrado. Através do cálculo da média e desvio padrão, foram comparados os valores dos índices de resistência e pulsatilidade e da relação sístole/diástole das artérias em estudo após a administração dos comprimidos. A análise estatística das diferenças das médias através da razão "F", mostrou não haver nenhuma diferença entre os dois grupos avaliados, mostrando que a utilização do verapamil não influenciava o fluxo sangüíneo placentário. Com esta observação este trabalho referenda o uso do verapamil entre gestantes com hipertensão crônica não-agravada, pois além de proteger estas mulheres durante a gestação e em seu futuro clínico (definido em literatura ampla sobre o assunto), não oferece prejuízos no fluxo uteroplacentário e fetoplacentário.

Palavras-chave: Hipertensão na gravidez. Fluxo placentário. Hipertensão arterial. Dopplervelocimetria.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    18 Out 2005
  • Data do Fascículo
    Abr 2000
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia Av. Brigadeiro Luís Antônio, 3421, sala 903 - Jardim Paulista, 01401-001 São Paulo SP - Brasil, Tel. (55 11) 5573-4919 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: editorial.office@febrasgo.org.br