Resumo
Objetivo
Comparar os resultados perinatais de fetos com hérnia diafragmática congênita após oclusão traqueal endoscópica fetal (OTEF) e conduta expectante pré-natal.
Fontes dos dados
Nesta revisão rápida, pesquisas foram conduzidas nas bases de dados MEDLINE, PMC, EMBASE e CENTRAL entre 10 de agosto de 2020 e 4 de setembro de 2020. Ensaios clínicos randomizados (ECRs), quase-ECRs e ECRs em cluster publicados em inglês nos últimos dez anos foram incluídos.
Seleção dos estudos
Foram recuperadas 203 publicações; 180 destas foram triadas pelo resumo. Fez-se a leitura do texto completo de 8 estudos, e 1 ECR cumpriu os critérios de inclusão (41 mulheres aleatorizadas; 20 no grupo OTEF e 21 no grupo de controle).
Coleta de dados
A coleta de dados realizada independentemente pelos dois autores, em duas etapas (título e resumo, e leitura do texto completo).
Síntese dos dados
Não houve casos de mortematerna. A idade gestacionalmédia no parto foi de 35,6±2,4 semanas no grupo de intervenção, e de 37,4±1,9 semanas entre os controles (p<0,01). A sobrevida até 6 meses de idade foi relatada em 50% do grupo de intervenção, e em 5,8% dos controles (p<0,01; risco relativo: 10,5; intervalo de confiança de 95% [IC95%]: 1,5-74,7). Hipertensão pulmonar grave ocorreu em 50% dos lactentes do grupo de intervenção, e em 85,7% dos controles (p = 0.02; risco relativo: 0,6; IC95%: 0,4-0,9). Uma análise do estudo indicou algumas preocupações quanto ao risco de viés. A qualidade da evidência foi considerada de moderada a baixa.
Conclusão
As evidências atuais são limitadas,mas sugeremque a OTEF pode ser uma intervenção eficaz para melhorar resultados perinatais.
Palavras-chave:
hérnias diafragmáticas congênitas; ultrassonografia; ultrassonografia pré-natal; prognóstico; revisão sistemática