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Contagem de folículos antrais e níveis de hormônio anti-Mülleriano após quimioterapia gonadotóxica em pacientes com câncer de mama: estudo de coorte

Resumo

Objetivo

Avaliar a reserva ovariana (OVR) através da contagem de folículos antrais (AFC), dosagem sérica de hormônio folículo estimulante (FSH) e hormônio anti-Mülleriano (AMH) em mulheres com câncer de mama submetidas a quimioterapia gonadotóxica.

Método

Foram incluídas na pesquisa 52 mulheres (35,3 ± 3,8 anos) com câncer de mama, em tratamento com quimioterapia com ciclofosfamida. As dosagens e medidas foram realizadas antes do início da quimioterapia (T1) e após 2 (T2) e 6 meses (T3).

Resultados

Seis meses após quimioterapia, a prevalência de ciclos regulares foi de 60%. O AMH sérico diminuiu a níveis indetectáveis em T2 e T3 (T1: 2,53 [1,00–5,31] ]; T2 < 0,08; T3: < 0,08 [< 0,08–1,07] ng/mL) (p< 0,0001). A contagem de folículos antrais foi de 11 [8,0–13,5] folículos em T1, e ainda menor em T2 (5,50 [3,75–8,0] e T3 (5,0 [2,5–7,0]), (p< 0,0001). Em pacientes que mantiveram ciclos regulares durante a quimioterapia ou retomaram a menstruação normalmente, os níveis de FSH e estradiol permaneceram inalterados.

Conclusão

O AMH e a AFC são marcadores úteis do declínio da OVR em mulheres expostas à quimioterapia. O FSH só é adequado em mulheres que se tornam amenorreicas.

Palavras-chave
hormônio anti-Mülleriano; contagem de folículos antrais; reserva ovariana; amenorreia induzida por quimioterapia; anovulação

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