Resumo
Objetivo
Comparar os resultados das histerectomias periparto de emergência e planejada.
Métodos
Este estudo transversal retrospectivo foi realizado em dois hospitais. Os resultados maternos e neonatais foram comparados de acordo com as histerectomias periparto de emergência e planejada.
Resultados
Um total de 34.020 partos foram avaliados retrospectivamente, e 66 casos de histerectomia periparto foram analisados. Destes, 31 eram casos de cirurgias planejadas, e 35, cirurgias de emergência. As pacientes que foram submetidas à histerectomia periparto planejada tiveram uma taxa menor de transfusão de sangue (83,9% versus 100%; p=0,014), e níveis mais elevados de hemoglobina pós-operatória (9,9±1,3 versus 8,3±1,3; p<0,001) em comparação com o grupo de histerectomia de emergência. O peso ao nascer foi menor, embora as pontuações na escala de aparência, frequência cardíaca, irritabilidade reflexa, tônus muscular, e respiração (appearance, pulse, grimace, activity, and respiration, Apgar, em inglês) fossem maiores no grupo da cirurgia planejada em comparação com os casos de emergência.
Conclusão
A histerectomia periparto planejada com uma equipe experiente resulta em menos necessidade de transfusão e melhora os resultados neonatais em relação à histerectomia periparto de emergência.
Palavras-chave:
placentação anormal; de emergência; histerectomia periparto; planejada; atonia uterina