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Desempenho do diagnóstico pré-natal do espectro da placenta acreta: Os resultados falso-positivos do ultrassom são aceitáveis em ambientes com recursos limitados?

Resumo

Objetivo

Recomenda-se o encaminhamento imediato de pacientes com fatores de risco para espectro placentário acreta (PAS, na sigla em inglês) para centros especializados, favorecendo assim o diagnóstico precoce e o manejo interdisciplinar. No entanto, erros diagnósticos são frequentes, mesmo em centros de referência (CRs). Buscou-se avaliar o desempenho do diagnóstico pré-natal para PAS em um hospital latino-americano.

Métodos

Um estudo descritivo retrospectivo incluindo pacientes encaminhados por suspeita de SAP foi realizado. Os dados dos exames de imagem do pré-natal foram comparados com os diagnósticos finais (intraoperatórios e/ou histológicos).

Resultados

Foram incluídos 162 pacientes no presente estudo. A idade gestacional mediana no momento da primeira ultrassonografia suspeita de PAS foi de 29 semanas, mas as pacientes chegaram ao CR de PAS com 34 semanas. A frequência de resultados falso-positivos nos hospitais de referência foi de 68,5%. Sessenta e nove pacientes foram operadas com base na suspeita de PAS com 35 semanas e houve 28,9% de falso-positivos no CR. Em 93 pacientes, o diagnóstico de PAS foi descartado no CR, com frequência de falso-negativos de 2,1%.

Conclusão

O diagnóstico pré-natal de PAS é melhor no CR. Entretanto, mesmo nestes centros, resultados falso-positivos são comuns; portanto, a confirmação intraoperatória do diagnóstico de SAP é essencial.

Palavras-chave
placenta acreta; ultrassonografia; falso positivo; diagnóstico ultrassônico pré-natal; procedimento cirúrgico operatório

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