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Para um 1922 alternativo: cultura popular e modernismo vernacular no Rio de Janeiro

RESUMO

Este artigo explora as inovações culturais que ocorrem no Rio de Janeiro em 1922. Uma série de mudanças se dão na então capital ao longo do ano, as quais foram, no entanto, eclipsadas pelo enfoque dominante nas experiências vanguardistas de artistas modernistas em São Paulo. Voltando a 1922 e tomando como foco o Rio, este artigo explora as transformações que alteraram o próprio espaço da cidade e a sua paisagem cultural popular. Ao fazê-lo, procura alargar a paisagem da modernidade cultural do Brasil para abranger desenvolvimentos que ocorrem para além dos estreitos limites do movimento modernista e da cidade de São Paulo. Faz isto analisando as revoluções culturais modernas ocorridas em 1922 em termos dos “modernismos vernáculos” do Rio, segundo a acepção de Miriam Hansen (1999HANSEN, Miriam. The Mass Production of the Senses: Classical Cinema as Vernacular Modernism. Modernism/Modernity, v. 6, n. 2, pp. 59-77, 1999. ). Explora especificamente as mudanças ocorridas no planejamento urbano, na música popular e na performance ao vivo, no teatro de revista e na literatura popular.

Palavras-chaves:
Rio de Janeiro em 1922; modernismo vernacular; teatro de revista; Oito Batutas; Enervadas; Exposição Internacional do Centenário da Independência

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