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O darwinismo e o sagrado na segunda metade do século XIX: alguns aspectos ideológicos e metafísicos do debate

Darwinism and "the sacred" during the second half of the 19 th century: some ideological and metaphysical features of the debate

O artigo analisa alguns aspectos ideológicos e metafísicos da transformação do imaginário ocidental sobre a origem da espécie humana - a velha questão, "quem somos?", respondida de formas diversas pelo cristianismo e pela biologia evolutiva - na segunda metade do século XIX. Nesse período passa-se do predomínio da antropogênese cristã ao das explicações evolucionistas. Analisa-se a confrontação histórica que teve lugar, nesse período, entre alguns dos principais defensores científicos do evolucionismo materialista - Haeckel, Clémence Royer e Huxley - e os defensores de uma antropologia anti-evolucionista e cristã. Analisam-se brevemente os pontos principais da crítica de Darwin à religião e algumas similitudes e discrepâncias de sua crítica ao pensamento religioso com relação à realizada por Marx no mesmo período. Determinados aspectos ideológico-metafísicos foram componentes essenciais do discurso darwinista na sua luta para se impor às narrativas do cristianismo sobre a origem do ser humano.

darwinismo; evolução humana; criacionismo


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