Resumo
Em 1872, os Munduruku aderiram à missão do Bacabal, fundada pelo Frei Pelino de Castrovalva, no rio Tapajós. A expectativa do missionário era catequizá-los e civilizá-los, de modo a fazê-los detestar a “vida selvagem” e construir “a cidade dos Munduruku”. Além dos conflitos com os índios aldeados, o capuchinho sofreu ataques dos comerciantes regatões, que viram seus interesses ameaçados pela tentativa do missionário de isolar os índios. Com base nas memórias do Frei Pelino de Castrovalva, em ofícios e jornais da época, analisa-se o modo como os Munduruku aderiram à missão do Bacabal, garantindo o acesso às desejadas mercadorias dos não indígenas, sem abrir mão de seus próprios projetos.
Palavras-chave:
Munduruku; Frei Pelino de Castrovalva; Missão; Amazônia