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Fabricando consensos e conflitos: protagonistas e temas da primeira onda de congressos associativos em Portugal (1865-1934)

Resumo

O presente artigo analisa a emergência de um novo repertório de ação coletiva em Portugal, os congressos associativos, procurando esclarecer a sua natureza e os seus impactos. Resulta do recenseamento e da análise dos 304 congressos associativos organizados em Portugal desde o I Congresso Social, de 1865, até a imposição do corporativismo, em 1934, bem como de 1733 teses debatidas nos mesmos. Foi possível caracterizar este fenômeno como um amplo processo de mobilização política, distinguindo os seus atores, as suas alianças e os seus antagonismos, e avaliar, através destas fontes, a evolução de diferentes “campos” políticos durante a crise do liberalismo. Esta observação é fundamental para se compreender a origem da polarização social e política que antecedeu a mais longa ditadura europeia.

Palavras-chave:
Associativismo; Mobilização Política; Crise do Liberalismo

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