Reconhecendo a especificidade epistemológica das diferentes esferas de problematização do conhecimento bem como a indissociabilidade entre elas, o artigo tem por objetivo discutir a potencialidade analítica da categoria 'narrativa' na reflexão sobre produção, distribuição e consumo do conhecimento histórico. Partindo da ideia de que o específico só pode ser pensado no âmbito do geral, o texto argumenta a favor da compreensão da cientificidade da História como elemento comum que permite tratar a história/objeto de investigação e a história/objeto de ensino em suas particularidades. Em diálogo com a hermenêutica de Paul Ricoeur, o artigo aposta no entendimento da narrativa como uma estrutura temporal incontornável na reflexão sobre a natureza epistemológica e axiológica desse conhecimento, estreitando assim o diálogo entre Teoria da História e Didática da História.
ciência histórica; conhecimento escolar; estrutura narrativa