RESUMO
O artigo discute a reutilização do passado antigo em tempos posteriores, característica definidora de diferentes culturas e épocas. Para entender esses processos de reutilização, dois termos são usados com frequência: “recepção” e “usos do passado”. Em diálogo com a produção internacional na área, os estudos brasileiros sobre recepção e usos do passado têm se desenvolvido de forma notável, particularmente com o aporte de formadores como Francisco Murari Pires, Pedro Paulo Abreu Funari e José Antônio Dabdab Trabulsi. A constituição e o estabelecimento desses campos têm se dado, sobremaneira, no âmbito do Grupo de Trabalho em História Antiga da Associação Nacional de História (GTHA-Anpuh), manifestando-se em diferentes publicações de autores brasileiros no Brasil e no exterior. Para além da análise dessa dinâmica nos estudos de História Antiga e das definições, aproximações e distanciamentos entre recepção e usos do passado, o presente artigo também contempla a análise específica do caso de Curitiba e a presença da Antiguidade greco-romana na cidade, como exemplo na história brasileira.
Palavras-chave:
recepções da Antiguidade; usos do passado; Curitiba