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Victoria: “indígena brasileira” ou “parda”? Uma análise da ação de liberdade de uma escravizada e de seus descendentes na vila de Santo Antônio e São Sebastião de Uberaba, Minas Gerais, 1846

Victoria: “Indigenous” Or “Pardo” Brazilian Woman? An Analysis of the Freedom Act Granted to An Enslaved Woman and Her Offspring in the Village of Santo Antônio and São Sebastião de Uberaba, 1846

RESUMO

Em 1846, na Vila de Uberaba, Minas Gerais, uma indígena Puri chamada Victoria, juntamente com seus descendentes - todos escravizados -, tiveram a chance de obter a sua liberdade por meio de uma “Ação de Liberdade” proposta pelo juiz municipal e de órfãos. Os indícios inscritos na fonte consultada serão examinados em uma perspectiva que leve em conta, além da microanálise, a legislação indigenista oitocentista e a escravidão indígena e negra. Para almejar a libertação dos escravizados, a estratégia do magistrado foi sustentar a identidade indígena de Victoria, evidência que o proprietário objetivou desconstruir sistematicamente, ainda que com evidentes lacunas. Dessa forma, a “verdade formal” (contida na Ação de Liberdade) mostrou-se diferente da “verdade real”, evidenciada a partir de elementos constantes no documento analisado.

Palavras-chave:
Escravidão indígena; Puri; Família escrava; Ação de liberdade; Uberaba

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