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Arcos festivos no altiplano andino. Materialidades, arquitetura efêmera e status ontológico

RESUMO

O artigo viaja pela história dos arcos festivos efêmeros nos Andes do sul pré-hispânicos, coloniais e contemporâneos. Começando com a descrição e a análise dos arcos triunfais da era colonial, erguidos em festivais seculares e religiosos em cidades como Cuzco e Potosí, exploramos os modos de apropriação local por meio de referências semânticas aos arcos festivos incas, e o arco-íris como um motivo importante na mitologia andina. Entretanto, os arcos triunfais europeus não substituíram simplesmente os arcos indígenas. Para investigar os significados simbólicos desses arcos indígenas, que não podem ser inferidos a partir de fontes históricas textuais e pictóricas, recorremos aos arkus atuais, que são muito comuns no altiplano aimará. Essa análise interdisciplinar e transversal dos arcos efêmeros e das práticas associadas a eles fornece uma visão da dinâmica das dimensões materiais e da diversidade da transculturação.

Palavras-chave:
ontologias andinas; arquitetura efêmera; arcos festivos; qeros; mitologia inca

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