O artigo apresenta os dados de uma análise referente à formação de sócio-espaços industriais e operários em três concelhos da periferia lisboeta, entre 1890 e 1910. Com base na tradição historiográfica europeia, marcada cada vez mais pela interdisciplinaridade, procura-se destacar a validade analítica dos conceitos de produção social, estratégias e recursos, para avaliar trajectórias socioespaciais das classes trabalhadoras. Esse ângulo de observação permite relacionar diferentes fenómenos - a territorialização das unidades de produção, a formação e estratificação dos mercados de trabalho, a mobilidade geográfica e social e as redes sociais - sob o signo de um processo social global.
mobilidade; estratégias; redes sociais