As fotonovelas tiveram um mercado cativo por mais de 25 anos no Brasil, e milhões de leitores consumiram ansiosamente histórias publicadas em revistas com larga circulação nacional. No entanto, foram ignoradas quase que completamente por críticos e estudiosos e consideradas um subgênero da literatura. Seus leitores foram marcados, entre outros aspectos, como de baixa formação cultural e possuidores de parcos rendimentos. Entretanto, seria possível para o historiador não reconhecer a leitura de fotonovelas como uma manifestação de práticas sociais? Poderia a cultura de massa ter criado um conjunto enorme de leitores sem face e sem gosto? Estas questões nos permitem pensar as representações sociais femininas no Brasil e as práticas de leitura das décadas de 1950 e 1960.
história cultural; linguagem; leitura