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Luiza e suas crianças ingênuas: duelo judicial e relações de compadrio em Feira de Santana, Bahia, 1871-18881 1 As reflexões apresentadas neste texto fazem parte da pesquisa realizada para a escrita de minha tese de Doutorado, apresentada ao Programa de Pós-Graduação em História Social da Universidade Federal da Bahia (Damasceno, 2019). A pesquisa foi desenvolvida com bolsa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (FAPESB) e com bolsa de Doutorado Sanduíche da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

Luiza and her Naive Children: Judicial Duel and Crony Relationships in Feira de Santana, Bahia, 1871-1888

RESUMO

Neste trabalho, reconstituo a experiência da libertanda Luiza enquanto lutava pela liberdade legal para si mesma e, sobretudo, para suas filhas e seus filhos, nas últimas décadas da escravidão no Brasil. Para tanto, segui, especialmente, sua trajetória e a de suas seis crianças ingênuas − Ritta, Felippa, Jeronyma, Pedro, Francelina e Aurelio −, cruzando uma ação de liberdade, bem como inventários, leis emancipacionistas e milhares de assentos de batismos de Feira de Santana, Bahia, entre 1871 e 1888. A partir de uma abordagem qualitativa e quantitativa das fontes foi possível situar suas escolhas dentro do universo mais amplo das escolhas de outras mulheres negras de seu tempo, e constatar que, a despeito de enfrentarem a opressão interseccional de gênero, raça e classe, as mulheres negras protagonizavam na linha de frente da luta por liberdade.

Palavras-chave:
mulheres negras; família; compadrio; liberdade legal

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