O artigo aborda a primeira etapa do processo de formação profissional de oficiais do Exército Brasileiro que iniciaram suas carreiras no decorrer da década de 1920. Abordando fundamentalmente a Escola Militar do Realengo, instituição que pretendia formar oficiais 'apolíticos', investiga-se, a partir de depoimentos e relatos biográficos, aspectos organizacionais e experiências que teriam marcado mais profundamente as primeiras articulações entre a formação profissional e as inclinações para agir politicamente dessa geração. Constata-se que a Escola constituía um espaço politizado no qual os alunos cultivavam disposições para ação política em nome de uma 'tradição' oriunda da Escola Militar da Praia Vermelha e de uma missão regeneradora do país.
ensino militar; militares e política; ideias políticas