O objetivo deste texto é apresentar um panorama das manifestações em torno da Revolução Farroupilha, desde o próprio episódio até sua consolidação como mito fundador da identidade regional no Rio Grande do Sul. Debatendo momentos importantes desse processo, como o da refração à memória sobre o evento, o de sua apropriação política pelo projeto republicano, sua reabilitação pela memória histórica e sua ritualização pelo tradicionalismo gaúcho, propõe-se reconstituir analiticamente a fixação do fato como patrimônio simbólico coeso e múltiplo, suficientemente elástico para pautar conflitos internos e tensões entre o estado e o centro do Brasil.
identidade regional; Revolução Farroupilha; memória