RESUMO
Este artigo tem como objetivo investigar o diálogo político entre a Corte do Rio de Janeiro e a Bahia, principal polo irradiador de notícias entre as províncias da região norte. Para tanto, analisamos o periódico baiano Semanário Cívico, produzido por Joaquim José da Silva Maia, e a folha carioca O Espelho, do redator Manuel Ferreira de Araújo Guimarães, entre março de 1821 e abril de 1822. Observamos uma guerra de narrativas concernente aos atos sucedidos nesse contexto, cujos reflexos são percebidos nos jornais publicados nas regiões situadas mais ao norte, a exemplo do pernambucano Segarrega. Da perspectiva da ampla circulação de ideias e da gestação dos diferentes projetos políticos de independências, escolhemos olhar com maior detalhamento as vicissitudes políticas vigentes neste período, presentes no periodismo, e suas relações com as províncias no contexto da independência do Brasil.
Palavras-chave: Independências; imprensa; opinião pública; O Espelho; Semanário Cívico