Este texto foi apresentado como conferência de abertura do XXVI Simpósio Nacional de História, ocasião em que se comemoravam os 50 anos de fundação da Anpuh-Brasil - Associação Nacional de História. Ao mesmo tempo em que analisa os vários sentidos do comemorar, trata da relação entre as práticas de comemoração e o trabalho do historiador, faz uma reflexão sobre a relação entre memória, temporalidade e rituais de comemoração, e se apresenta também como um texto comemorativo, por isso sujeito às mesmas ambiguidades e antinomias que aponta em todo gesto de comemoração. Ele constitui, ainda, uma análise das práticas de comemoração e um texto comemorativo. Texto, portanto, fronteiriço e antinômico.
comemoração; tempo fronteiriço; memória