Resumo:
Este artigo analisa a ‘experiência educativa’ de José Veríssimo associada à ‘marginalização’ e ao ‘engajamento’ político na província do Pará. No contexto de polarização política entre tradição imperial e política científica, ocorreu o concurso para a cadeira de francês do Liceu Paraense (1881) e emergiu a Sociedade Paraense Promotora da Instrução (1883-1884). Considero que a desclassificação no concurso foi uma forma de marginalização das posições profissionais prestigiadas e constatação a respeito da ‘decadência’ das instituições imperiais - conhecendo o ‘saber do poder’ -, permitindo o engajamento na Sociedade - promovendo o ‘saber é poder’ -, ao se apropriar das práticas político-culturais da Geração 1870 de contestação do status quo saquarema no contexto amazônico.
Palavras-chave:
Amazônia; geração 1870; política científica; instrução pública