Anti-soros monoclonais anti-D IgG e IgM têm sido produzidos para substituir os policlonais na determinação do antígeno D. No entanto, pouco se conhece a respeito da utilização destes reagentes na detecção dos antígenos RhD fraco e RhD parcial. Estudos moleculares e sorológicos que possam esclarecer a expressão do antígeno D são importantes para a seleção adequada dos reagentes anti-D utilizados na fenotipagem RhD. Foram analisados anti-soros anti-D monoclonais IgG e IgM quanto à capacidade de detecção dos antígenos D fraco de alta e baixa densidade antigênica e dos antígenos D parciais que reagem como D fraco em 56 amostras de sangue caracterizadas como D fraco. O anti-D IgM foi analisado pela reatividade de aglutinação à temperatura ambiente enquanto o anti-D IgG foi analisado pela reatividade pelo teste da antiglobulina humana. Os tipos de D fraco foram caracterizados molecularmente, e a densidade antigênica dos antígenos RhD identificados foi determinada por citometria de fluxo. Todas as amostras que continham os tipos de D fracos mais freqüentes (DF1, DF3 e DF4) foram detectadas à temperatura ambiente (TA) com anti-D IgM enquanto as amostras DF2 e D parcial foram detectadas com anti-D IgG reativo pelo teste da antiglobulina humana (AGH). Nossos resultados demonstram que o anti-D IgM não detecta antígenos D parciais reativos como D fraco e antígenos D fraco de baixa densidade antigênica e, portanto, pode ser utilizado na rotina de pacientes. O anti-D IgG detecta a maioria dos tipos de D fraco e associações D fraco parcial e deve ser utilizado na rotina de doadores.
Reagentes anti-D; D fraco; D parcial; sistema Rh; RhD; RHD