RESUMO:
Com a atual política de internacionalização das universidades federais no Brasil, com o projeto de um sistema de avaliação e o rápido avanço para a digitalização, há mudanças de longo prazo na organização da vida acadêmica diária e nas práticas comunicativas dos professores universitários. Antes da política de internacionalização, a principal língua na área da pesquisa era o português, mas agora há uma mudança crescente para o inglês em algumas áreas. Este artigo enfoca o impacto dessas mudanças nas práticas de linguagem e letramento de docentes, e nas posturas e estratégias que eles/as adotaram diante das mudanças. Baseia-se em entrevistas conduzidas com acadêmicos/as em um projeto de pesquisa etnográfica crítica realizada em duas universidades federais em 2019. O foco eram as trajetórias acadêmicas, as biografias tecno-linguísticas e as percepções sobre as mudanças. Apresento insights detalhados de pesquisa realizada com três acadêmicos/as em uma das universidades federais.
PALAVRAS-CHAVE:
Letramentos Acadêmicos; Digitalização; Biografias Tecno-Linguísticas; Práticas de Letramento em Mudança; Inglês e Português