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Emoções racializadas no ensino de línguas: um estudo de caso com professoras negras

RESUMO

Neste texto, buscamos debater questões a respeito de um tema pouco discutido na Linguística Aplicada - as emoções de professoras negras de Língua Inglesa. Desde o advento da virada afetiva, estudos sobre identidade e emoções têm aumentado exponencialmente, tanto no Brasil como no exterior (ARAGÃO; BARCELOS, 2018BARCELOS, A. M. F.; ARAGÃO, R. Emotions in language teaching: a review of studies on teacher emotions in Brazil. Chinese Journal of Applied Linguistics, v. 41, n. 4, p. 506-531, 2018). Porém, ainda há muito a se investigar no que tange aos estudos entre emoções, relações de poder e raça (AHMED, 2004AHMED, S. The cultural politics of emotion. New York: Routledge, 2004., 2009AHMED, S. Embodying diversity: Problems and paradoxes for Black feminists. Race Ethnicity and Education, v. 12, n. 1, p. 41-52, 2009.; BOLER; ZEMBYLAS, 2003ZEMBYLAS, M. Emotions and teacher identity: a poststructural perspective. Teachers and Teaching: Theory and Practice, v. 9, n. 3, p. 213-238, 2003.). Nesse sentido, este trabalho se propõe a investigar como são racializadas as emoções de professoras negras de Língua Inglesa em diferentes contextos. Para tanto, no presente este estudo de caso foram utilizadas entrevistas semiestruturadas e foram analisadas as narrativas de três professoras negras. Concluímos que as emoções dessas professoras são discursivamente constituídas, influenciadas pela herança colonial, produzindo trabalho emocional.

PALAVRAS-CHAVE:
Emoções; raça; Língua Inglesa

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