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Educando em Tempos de Pandemia: imagens como micropolíticas de desobediência epistêmica às epistemologias modernas e humanistas do Norte Global

RESUMO

Nesse artigo, nos arriscamos a ler a atualidade a partir de imagens que foram publicadas nas mídias sociais durante a crise da pandemia. Por meio de questionamentos das linhas abissais (SOUSA SANTOS, 2007SOUSA SANTOS, B. S. Para além do pensamento abissal: das linhas globais a uma ecologia de saberes. Novos Estudos CEBRAP, São Paulo, n. 79, nov. 2007. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-33002007000300004
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) imbuídas e naturalizadas pelos projetos da Modernidade e do Humanismo, o artigo discute de que maneiras a natureza invadiu, em meio à pandemia, o “lado de cá” da modernidade. A seção seguinte explora o vírus não democrático, problematizando as linhas abissais das diferenças sociais de classe para em seguida complexificar as diferenças gritantes entre a supremacia branca e o genocídio negro, demonstrando que não superamos essa crise histórica da humanidade. A seção cinco investiga as linhas abissais entre o acesso à educação e a perpetuação de um projeto de educação que firma a negação de sua existência. Nas considerações finais, explicamos as razões que nos levam a conceber essas imagens como micropolíticas processuais que têm o potencial de construir “novos modos de subjetividade” (GUATTARI; ROLNIK, 1996GUATTARI, F.; ROLNIK, S. Micropolítica: cartografias do desejo. Petrópolis: Vozes, 1996., p. 30) e advogamos por uma pedagogia de letramento visual, suas micropolíticas e por uma virada epistêmica nas noções de “crise”.

PALAVRAS-CHAVE:
pandemia; modernidade; humanismo; educação

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