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Graffiti na cultura hip-hop: relações entre linguagem, identidade e espaço urbano na perspectiva transperiférica e indisciplinar da Linguística Aplicada

Graffiti in Hip-Hop Culture: Relationships between Language, Identity, and Urban Space from the Transperipheral and Undisciplinary Perspective of Applied Linguistics

RESUMO:

Este artigo aborda a importância do graffiti na cultura hip-hop e sua relação com a linguagem, identidade e o espaço urbano. Embora seja uma forma de expressão artística importante, o graffiti é frequentemente visto como um ato de vandalismo que causa desconforto nos sujeitos que enxergam o mundo pela ótica do capitalismo neoliberal. O texto argumenta que esse estigma é uma forma de perpetuar discursos que promovem a segregação e marginalização de indivíduos com base em raça, gênero e classe social. Essa pesquisa qualitativa adotará uma perspectiva crítica para compreender fenômenos linguísticos, como ressaltado na abordagem do bricoleur ( Denzin; Lincoln, 2006DENZIN, N. K.; LINCOLN, Y. S. O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. 432p.) do pesquisador a fim de transitar por campos de conhecimento distintos e confluentes. Por meio de entrevistas conduzidas com os participantes dessa pesquisa, é possível perceber que o graffiti é considerado um produto de uma disputa linguística nas paisagens urbanas e também um apontamento nos estudos sobre novos letramentos ( Mattos, 2011MATTOS, A. M. de A. Novos letramentos, ensino de língua estrangeira e o papel da escola pública no século XXI. Revista X, v. 1, n. 1, p. 33-41. 2011. DOI: http://dx.doi.org/10.5380/rvx.v1i1.2011.22474.
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). O artigo discute como o graffiti pode representar uma forma de reexistência ( Souza, 2009SOUZA, Ana Lúcia Silva. Letramentos de reexistência: culturas e identidades no movimento do hip-hop. Tese (Doutorado em Linguística Aplicada) – Instituto de Estudos da Linguagem, Unicamp, Campinas, 2009. Disponível em: http://repositorio.unicamp.br/bitstream/REPOSIP/269280/1/Souza_AnaLuciaSilva_D.pdf. Acesso em: 09 de dezembro de 2022.
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; 2011) no paradigma transperiférico ( Windle et al., 2020 WINDLE, J. et al. Towards a transperipheral paradigm: an agenda for socially engaged research. Trabalhos em Linguística Aplicada, v. 59, p. 1563-1576, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/tla/a/DDWjJ7PTvgW4ykxknzdNztp/abstract/?lang=en. Acesso em: 10 de maio de 2023
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), encontrando também apoio na perspectiva da linguística aplicada indisciplinar ( Moita Lopes, 2006MOITA LOPES, L. P. da (org.). Por uma Lingüística Aplicada Indisciplinar. São Paulo: Parábola Editorial, 2006.; Pennycook, 2006PENNYCOOK, A. Uma Linguística Aplicada transgressiva. In: MOITA LOPES, L. P. da (org.). Por uma Lingüística Aplicada Indisciplinar. São Paulo: Parábola Editorial, 2006. p. 85-105.).

PALAVRAS-CHAVE:
Graffiti ; Hip-Hop ; Letramentos de reexistência; Paradigma Transperiférico; Linguística Aplicada Indisciplinar

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