RESUMO
Neste artigo, analiso narrativas sobre os espaços de aprendizagem de Português como Língua Adicional (PLA) de uma universidade brasileira a fim de esmiuçar como formas de saberes, ou diferenças epistêmicas, podem estar ligadas à produção de diferenças linguísticas. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com duas professoras na área de PLA e um intercambista japonês. Na análise, focalizo como os participantes constroem escalas sobre o mundo, nas quais se desenham hierarquias entre estudantes e seus saberes com base em ideias sobre o Oriente e o Ocidente. Concluo argumentando que, para diminuir a possibilidade de reproduzir conhecimentos hegemônicos, as universidades precisam se engajar em diálogos epistêmicos urgentes e em práticas que tenham a ver com política linguística em espaços de aprendizagem de língua.
PALAVRAS-CHAVE: Português como língua adicional; escalas; diferença epistêmica; internacionalização do ensino superior