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Pensando sobre as línguas entre a fixidez e a fluidez: o que uma perspectiva translíngue pode nos ensinar sobre políticas linguísticas no Sul global?

RESUMO:

Afastando-se de uma tradição que trata o multilinguismo como um problema e a língua como um sistema autônomo, abordagens teóricas atuais têm se deslocado de princípios monolíngues em direção a perspectivas translíngues como forma de investigar a relação entre política linguística e ideologia. Neste texto, assumo tal posição a fim de explorar como as atitudes de sujeitos multilíngues em relação às suas línguas são moldadas por ideologias que ressaltam tanto a fixidez quanto a fluidez das práticas comunicativas contemporâneas. Para isso, analiso dados de uma pesquisa que problematizou as práticas translíngues online de sujeitos de nações pós-coloniais através de entrevistas e questionários. Embasado nas noções de translinguagem, mundos linguagisados e nos conceitos bakhtinianos de forças centrípetas e centrífugas, defendo que para uma melhor compreensão dos impactos das políticas linguísticas nas vidas de sujeitos multilíngues, pesquisadores devem se voltar às implicações de noções fixas e fluidas de linguagem na negociação de diferentes ideologias linguísticas.

PALAVRAS-CHAVE:
translinguagem; fixidez; fluidez; política linguística

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