RESUMO
Este estudo duoetnográfico aborda alguns dos conflitos que duas docentes em uma Universidade federal brasileira vivenciaram durante a pandemia. Ao se engajarem em conversas induzidas por narrativas trocadas virtualmente durante as primeiras semanas da quarentena, as autoras iniciam teorizações acerca de temas emergentes que, para elas, careciam de análises críticas e posterior ressignificação. Nesse sentido, o presente artigo discute o papel da agência em suas vidas pessoais e profissionais e como ela foi engendrada durante tempos tão complexos e imprevistos, voltando-se para questões de coletividade e diversidade. Ademais, este trata de questões identitárias e de subjetividades neoliberais que também emergiram durante esta rica experiência colaborativa, levando, portanto, a processos subjetificadores arriscados e verdadeiros por parte de suas autoras.
PALAVRAS-CHAVE:
duoetnografia; agência; neoliberalismo; subjetificação