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TREINAMENTO RESISTIDO É UM FATOR DE PROTEÇÃO PARA LESÕES MUSCULOESQUELÉTICAS NO CROSSFIT?

RESUMO

Objetivo:

Avaliar a prevalência e as características das lesões musculoesqueléticas associadas aos praticantes de CrossFit® e a relação dessa prevalência entre aqueles que realizam de forma concomitante o treinamento resistido (TR).

Métodos:

Estudo transversal, no qual foram incluídos participantes adultos de ambos os sexos, que responderam a um questionário misto de morbidade adaptado. Os participantes foram divididos em grupos de acordo com a prática ou não de outra modalidade juntamente ao CrossFit®, com destaque para o TR. Foram utilizados procedimentos de estatísticas analítica e descritiva, com um nível de significância estatística de 5% (p<0,05).

Resultados:

Foram incluídos no estudo 179 participantes. Observaram-se prevalências de lesões musculoesqueléticas na amostra geral do estudo de 32,4% e naqueles que realizam o CrossFit® com TR de 30,8%. A razão de prevalência de lesões para esse grupo foi de 0,95, com menor prevalência de lesões para os membros superiores (p=0,03) e inferiores (p=0,02). Vale a pena destacar que 96% dos praticantes de CrossFit® e TR realizaram treinamentos de força com foco apenas nas musculaturas dos membros superiores e/ou inferiores, sem realização de treinamento específico para o segmento anatômico do Core (regiões lombar e pelve).

Conclusão:

O TR associado ao CrossFit® e com abrangência a todos os segmentos anatômicos pode ser considerado um fator de proteção para a ocorrência de lesões musculoesquelética no CrossFit®. Nível de Evidência IV; Série de Casos.

Descritores:
Lesões; Prevalência; Esportes; Lesões Esportivas

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