RESUMO
Introdução:
A relação entre as variáveis psicológicas e a sua influência no desempenho esportivo tem sido considerada um diferencial essencial em períodos importantes da temporada.
Objetivos:
Examinar a validade do modelo IZOF (Zona Individual de Desempenho Ideal), a partir de uma perspectiva multidimensional da ansiedade e investigar a possibilidade de ampliar a teoria IZOF ao construto da autoeficácia.
Métodos:
Sete atletas masculinos de voleibol profissional participaram do estudo. A Escala de Autoeficácia Individual para o Voleibol e o Competitive State Anxiety Inventory 2 - versão reduzida foram respondidos pelos jogadores antes de todas as partidas durante uma temporada. No final de cada partida, o desempenho dos atletas foi obtido através do programa Data Volley.
Resultados:
Os resultados mostraram a IZOF de autoeficácia e de cada subescala de ansiedade para os atletas profissionais que participaram de mais de 10 partidas durante a temporada. Os atletas apresentaram significativa variabilidade nos escores, variando de três a cinco pontos para ansiedade cognitiva, dois a sete pontos para a ansiedade somática, dois a 14 pontos para autoconfiança e 12 a 54 pontos para autoeficácia. Os resultados também indicaram que as IZOFs são diferentes de modo intra e interindividual. Observamos também que o número de partidas, em porcentagens em cada zona (abaixo, dentro e acima da IZOF), indicou que o Central 1 e o Oposto 1 apresentaram os melhores perfis entre os sete jogadores analisados, pois todas as suas variáveis estão na IZOF na maioria das partidas, um fato que representa o perfil desejado para esses atletas.
Conclusão:
Através da análise dos dados, podemos atestar a aplicabilidade da teoria IZOF para os atletas profissionais de voleibol na perspectiva multidimensional de ansiedade e a possibilidade de ampliar a teoria ao construto da autoeficácia na tentativa de predizer o desempenho de atletas de voleibol por meio dessa variável. Nível de evidência IV; Série de casos.
Descritores:
Ansiedade de desempenho; Autoeficácia; Voleibol; Psicologia do esporte; Atletas