RESUMO
Objetivos:
Este estudo teve como objetivo examinar a relação entre o salto vertical e a força em tempo específico e o desempenho de sprint em velocistas adolescentes.
Métodos:
Quinze adolescentes velocistas do sexo masculino (idade: 14 ± 2 anos, estatura: 168 ± 2 cm, peso: 61 ± 1 kg) participaram do estudo. Os indivíduos realizaram os seguintes saltos bilaterais e unilaterais em uma plataforma de força: a) squat jump (SJ), b) SJ unilateral (USJ), c) drop jump (DJ) de 40 cm e d) DJ unilateral (UDJ) de 20cm. O teste de sprint de 60 m foi realizado no segundo dia. Os cronômetros rastreadores para treinos fracionados foram posicionados para registrar os tempos fracionados de 5 m, 10 m, 50 m e 60 m. As variáveis para inclusão foram altura do salto vertical, força máxima e saída de força a 120 m em todos os saltos e medidas de tempo do sprint.
Resultados:
Os resultados da análise da correlação produto-tempo de Pearson mostraram que o SJ de 120 m foi correlacionado com 5 m e USJ de 120 m foi correlacionado com 10 m. O UDJ de 120 m teve correlação mais forte com DJ de 50 m do que de 120 m. Embora tenham sido observadas correlações significativas com força e altura máximas, alguns resultados foram inconsistentes entre os saltos bilaterais e unilaterais.
Conclusões:
Nossos resultados destacaram que os saltos com forma semelhante a certas saídas de força no tempo específico do evento podem prever com mais precisão o desempenho no sprint em adolescentes velocistas. O USJ de 120 m e o UDJ de 120 m podem prever melhor, respectivamente, a aceleração (10 m) e a fase de alta velocidade (50 m) no desempenho no sprint. Além disso, treinadores e praticantes devem ser cautelosos ao usar apenas a altura do salto ou a força máxima para prever o desempenho no sprint, uma vez que os resultados podem ser imprecisos quando variáveis específicas do movimento não forem consideradas com precisão. Nível de evidência III.
Descritores:
Aceleração; Desempenho Atlético; Exercício pliométrico