RESUMO
Introdução:
Grande parte dos estudos de coordenação são feitos em ambientes estáveis, incapazes de simular realisticamente um ambiente integral para o campo esportivo. O conceito de treinamento instável aplica os princípios da fisiologia esportiva, combinando situações reais do jogo de futebol para aprimorar a capacidade esportiva dos estudantes e tem ganhado atenção dos treinadores, embora ainda careça de evidências científicas.
Objetivo:
Estudar o conceito de treinamento instável avaliando seus efeitos de otimização e desenvolvimento sobre a coordenação motora dos estudantes de futebol.
Métodos:
Foram selecionados 50 estudantes universitários praticantes de futebol. Os estudantes foram divididos aleatoriamente em grupo experimental e controle, sem diferenças estatísticas relevantes. O experimento teve duração de uma hora diária, três vezes por semana, durante seis semanas. O grupo controle permaneceu com os treinos habituais enquanto ao grupo experimental foi adicionado o protocolo de treinamento instável. Foram coletados resultados de teste de equilíbrio com apoio frontal e posterior de membros inferiores, além de pontuação abrangente póstero lateral. Alterações no desempenho de atividades também foram analisados com os resultados coletados antes e após a intervenção.
Resultados:
A pontuação do grupo experimental sem apoio foi ampliada de 101,14 ± 8,22 para 108,73 ± 8,54, superior ao grupo controle (103,8 ± 58,11). A pontuação abrangente do grupo experimental foi de 88,85 ± 6,10 para 99,85+8,87, também superior ao grupo controle (88,15 ± 6,43).
Conclusão:
Os efeitos do treinamento instável para otimização e desenvolvimento de coordenação motora dos estudantes de futebol mostrou-se superior ao treino habitual, sendo indicada a sua introdução ao treinamento diário para uma promoção mais eficaz do nível de aptidão física dos estudantes. Nível de evidencia II; Estudos terapêuticos: investigação dos resultados de tratamento.
Descritores:
Futebol; Aptidão Física; Educação Física e Treinamento; Estudantes