O comportamento da frequência cardíaca (FC) frente às atividades físicas e no ato sexual se configura como uma das principais preocupações dos pacientes após um evento cardiovascular. Apesar de o esforço intenso ser um dos fatores precipitantes de infarto agudo do miocárdio e morte súbita, o dispêndio metabólico nas atividades cotidianas é discreto e pode ser mantido pela grande maioria dos pacientes. O objetivo deste estudo foi avaliar a relação da FC no teste de esforço máximo com aquela encontrada durante as atividades cotidianas. Trata-se de estudo de caso com um homem, 36 anos, sem evidência de doença cardiovascular. O sujeito foi submetido a um teste ergométrico máximo em esteira rolante, sob o protocolo de rampa. O comportamento da FC foi monitorado durante 14 dias, através de um frequencímetro portátil. No período, seis atividades distintas foram selecionadas: uma sessão de caminhada a 5km/h, uma de trote/corrida a 6,5km/h, uma partida de futebol recreativo, uma atividade sexual com a parceira, autoestimulação através da masturbação e um período de sono. Como resultado, a prática de futebol recreativo foi caracterizada como intensa e muito intensa e a atividade sexual e a masturbação tiveram elevações discretas na FC, e o orgasmo atingiu intensidade semelhante à da caminhada.
frequência cardíaca; comportamento sexual; exercício