EFEITO DO EXERCÍCIO EM ESTEIRA DE INTENSIDADE MODERADA NO AUMENTO DOS NÍVEIS DE ADIPONECTINA EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2

Mudjanarko, Sony Wibisono; Irawati, Anugrahini; Tinduh, Damayanti; Susanto, Tsana Nadhira

doi:10.1590/1517-8692202329022022_0144p

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Revista Brasileira de Medicina do Esporte

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Sumário

Artigo Original, Clínica Médica • Rev Bras Med Esporte 29 • 2023 • https://doi.org/10.1590/1517-8692202329022022_0144p copiar

EFEITO DO EXERCÍCIO EM ESTEIRA DE INTENSIDADE MODERADA NO AUMENTO DOS NÍVEIS DE ADIPONECTINA EM PACIENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2

Autoria SCIMAGO INSTITUTIONS RANKINGS

RESUMO

Introdução:

A adiponectina desempenha um papel significativo no sistema metabólico na inibição da citocina pró-inflamatória e na utilização da captação de glicose. A esteira é um aparelho de caminhada aeróbica que estimula as características da caminhada natural. Os exercícios aumentam o nível de adiponectina, resultando na melhora da sensibilidade à insulina.

Objetivos:

Analisar o efeito de exercícios aeróbicos em uma esteira de intensidade moderada com um aumento gradual de velocidade e inclinação sobre os níveis de adiponectina em homens com diabetes mellitus tipo 2 (DMT2).

Método:

Vinte e dois participantes com DMT2 foram randomizados para grupos de exercício em esteira e controle. O grupo experimental realizou sessões de 30 minutos de exercício em esteira de intensidade moderada com velocidade crescente e inclinação gradual três vezes por semana durante quatro semanas. O grupo de controle se submeteu a exercício individual durante 150 minutos por semana. Os participantes foram avaliados em relação aos parâmetros clínicos e laboratoriais antes e após o programa de quatro semanas.

Resultados:

Houve um aumento significativo no nível de adiponectina de 456,3 ± 42 pg/ml para 586,3 ± 87,8 pg/ml (p=0,04, p<0,05) no grupo de exercício em esteira. No grupo de controle, a adiponectina apresentou um pequeno aumento de 466,7 ± 85 pg/ml para 471,8 ± 59 pg/ml (p=0,646).

Conclusão:

Descobriu-se que exercícios na esteira de intensidade moderada com velocidade crescente e inclinação gradual conduzem a um resultado significativamente superior na melhora dos níveis de adiponectina em relação a exercícios físicos individuais padrão ao tratar o DMT2. Nível de evidência II; Estudos terapêuticos – Investigação de resultados do tratamento.

Descritores:
Adiponectina; Exercício; Teste de esteira rolante; Diabetes mellitus tipo 2

	Grupo de exercício em esteira (n= 10)	Grupo de controle (n=10)	Valor-p
Idade, anos (Média ± DP)	50,7 ± 4,5	46,1 ± 3,8	0,017 ^X X Usou-se o teste U de Mann-Whitney para determinar as diferenças entre os grupos em relação à idade, duração de DM, pressão arterial sistólica, glicose de jejum e nível de adiponectina ^* * Valor-p de <0,05 foi considerado significativo
Duração de DM, anos (Média ± DP)	5,5 ± 4,7	4,5 ± 4,7	0,361 ^X X Usou-se o teste U de Mann-Whitney para determinar as diferenças entre os grupos em relação à idade, duração de DM, pressão arterial sistólica, glicose de jejum e nível de adiponectina
Índice de massa corporal (kg/m²)	23,9 ± 3,6	26,7 ± 4,4	0,141^Y Y Usou-se o teste T para amostras independentes para determinar as diferenças entre os grupos para IMC, HbA1c e glicose aleatória
HbA1c (%)	6,5 ± 1,2	7,9 ± 2,1	0,09^Y Y Usou-se o teste T para amostras independentes para determinar as diferenças entre os grupos para IMC, HbA1c e glicose aleatória
Glicose aleatória (mg/dl)	180,7 ± 50,4	159,3 ± 3	0,272^Y Y Usou-se o teste T para amostras independentes para determinar as diferenças entre os grupos para IMC, HbA1c e glicose aleatória
Pressão arterial sistólica (mmHg)	116 ± 7	114 ± 7	0,435 ^X X Usou-se o teste U de Mann-Whitney para determinar as diferenças entre os grupos em relação à idade, duração de DM, pressão arterial sistólica, glicose de jejum e nível de adiponectina
Glicose de jejum (mg/dl)	123 ± 71,8	110,6 ± 20,7	0,226 ^X X Usou-se o teste U de Mann-Whitney para determinar as diferenças entre os grupos em relação à idade, duração de DM, pressão arterial sistólica, glicose de jejum e nível de adiponectina
Adiponectina (pg/ml)	456,3 ± 42	466,7 ± 85	0,597 ^X X Usou-se o teste U de Mann-Whitney para determinar as diferenças entre os grupos em relação à idade, duração de DM, pressão arterial sistólica, glicose de jejum e nível de adiponectina

Características clínicas
Uso de insulina, n (%)	4 (40)	2 (20)	0,628^Z Z Usou-se o teste qui-quadrado de Pearson (χ2) para determinar as diferenças entre os grupos em relação ao histórico de uso de insulina, dislipidemia e hipertensão.
Dislipidemia, n (%)	2 (20)	2 (20)	1,000^Z Z Usou-se o teste qui-quadrado de Pearson (χ2) para determinar as diferenças entre os grupos em relação ao histórico de uso de insulina, dislipidemia e hipertensão.
Hipertensão, n (%)	4 (40)	2 (20)	0,628^Z Z Usou-se o teste qui-quadrado de Pearson (χ2) para determinar as diferenças entre os grupos em relação ao histórico de uso de insulina, dislipidemia e hipertensão.

Nível de adiponectina (pg/ml)	Grupo de exercício em esteira (n= 10)	Grupo de controle (n=10)	Valor-p
Antes do exercício	456,3 ± 42	466,7 ± 85	0,597 ^X X Teste U de Mann-Whitney
Depois do exercício	586,3 ± 87,8	471,8 ± 59	0,03 ^Y Y Teste T para amostras independentes
Diferença média antes e depois do exercício (valor-p)	0,004 ^A A Teste T pareado ^* * Valor-p de <0,05 foi considerado significativo	0,646 ^B B Teste de classificação sinalizada de Wilcoxon	-
Adiponectina∆	129,9 ± 108,5	5,08 ± 104,6	0,017^Y Y Teste T para amostras independentes

		Grupo de exercício em esteira (n= 10)	Grupo de controle (n=10)	Valor-p
IMC (kg/m ²)	Antes do exercício	23,9 ± 3,6	26,7 ± 4,4	0,141 ^Y Y Teste T para amostras independentes
	Depois do exercício	24,9 ± 4	27,4 ± 5,3	0,25 ^Y Y Teste T para amostras independentes
	Diferença média (valor-p)	0,21 ^A	0,128 ^A	-
FPG (mg/dl)	Antes do exercício	123 ± 71,8	110,6 ± 20,7	0,226 ^X X Teste U de Mann-Whitney
	Depois do exercício	99,5 ± 41	77,3 ± 19,5	0,18 ^Y Y Teste T para amostras independentes
	Diferença média (valor-p)	0,386 ^B B Teste de classificação sinalizada de Wilcoxon	0,022 ^A	-

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[1] Correspondência: Sony Wibisono Mudjanarko, University of Airlangga Dr. Soetomo General Teaching Hospital, Faculty of Medicine, Department of Internal Medicine, Division of Endocrine and Metabolic, Jalan Mayjend, Prof. Dr. Moestopo, No. 6-8, Surabaya, Indonesia. 60131. sony.wibisono@fk.unair.ac.id