Em regiões de intensa radiação solar é comum o uso de malhas aluminizadas em cultivos protegidos, com o intuito de reduzir a temperatura no interior de estufas plásticas. Porém, o uso dessas malhas provoca diminuição da radiação fotossinteticamente ativa (RFA) transmitida ao interior do ambiente protegido. O presente estudo teve por objetivo avaliar a influência de diferentes coberturas plásticas no microclima de ambientes protegidos, ao longo de três períodos de cultivo com tomate cereja. O ambiente I foi coberto com filme plástico anti-UV e com uma malha termo-refletora (40%) disposta internamente. O ambiente II foi coberto com filme plástico difusor (55%). A radiação solar transmitida ao interior dos ambientes protegidos foi, em média, de 5,5 MJ m-2dia-1 no ambiente I e 8,2 MJ m-2 dia-1 no ambiente II. A temperatura do ar no ambiente II foi, em média, 1°C superior ao ambiente externo. As maiores diferenças para a umidade relativa do ar também foram encontradas entre o ambiente II e o externo, chegando a 10,7% para a UR mínima, no primeiro período de cultivo. Considerando-se todos os ciclos de cultivo, o plástico difusor foi o que proporcionou a maior disponibilidade de energia no interior do ambiente protegido, sem causar, no entanto, grandes alterações na temperatura e na umidade relativa do ar, e promovendo uma maior produtividade do tomate cultivado sob este ambiente, nos três períodos avaliados.
ambiente protegido; coberturas plásticas; microclima