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Estimativas do Balanço de Radiação no Sudeste do Brasil: Observações, Satélite e Reanálise

Resumo

Pela grande atividade econômica e densidade populacional, a região sudeste do Brasil vivencia processos acelerados de mudanças no uso e cobertura do solo, que contribuem para modificações no balanço de radiação (BR) na superfície. Neste estudo, avaliamos os componentes do BR de diferentes conjuntos de dados de alta resolução, última geração, nesta região do país em dois períodos (fev/2005-jan/2006 e mar/2015-fev/2016). Em geral, todos os conjuntos de dados representaram adequadamente a sazonalidade dos componentes do BR (exceto albedo). O ERA5-Land apresenta com o menor erro relativo médio para representar o albedo (≈ 15%), radiação de onda longa atmosférica (DLWR ≈ 4,5%) e radiação de onda longa da superfície (ULWR ≈ 3,6%). Na estimativa de radiação de ondas curtas, o GLASS foi o melhor (≈ 14%). As incertezas neste último podem estar associadas à dificuldade para representar a variabilidade de cobertura de nuvens no período chuvoso. As falhas na estimativa do albedo devem-se à incapacidade de simular as propriedades da superfície. DLWR e ULWR apresentaram os melhores desempenhos e suas incertezas estiveram relacionadas a problemas no cálculo das temperaturas do ar e da superfície, respectivamente. ERA5-Land e GLASS são adequados para estimar os componentes da BR no sudeste do Brasil.

Keywords
ERA5-Land; GLASS; GLDAS; Southeast Brazil; radiation balance

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